Texto retirado da Página “Papista” no Facebook
Reflexão sobre a Liturgia: quarta-feira da terceira semana do Advento - Ano A
Jr 23,5-8
Salmo 72(71)
Mt 1,18-24
A Liturgia de hoje continua confirmando o cumprimento das profecias e prefigurações para demonstrar a verdade do Natal que já vem: Deus está conosco!
O profeta Jeremias recebeu um dos grandes oráculos do Senhor. O Rei nasceria da prometida linhagem de Davi e Sua justiça não teria fim. Mais que isso, os filhos de Deus receberiam a terra prometida. Que terra? Jesus diria: "Meu Reino não é deste mundo" (Jo 18,36). O Reino esperado seria mais do que poderíamos sonhar.
Há muitos quartos no Reino (Jo 14,1-3); um Reino real e palpável para quem viver a Sua Justiça (Ap 21); terra dos justos que tiveram fé na Nova Aliança (Hb 12,22-24); cidade dEle que engoliu a morte e enxugará cada lágrima (Is 25,8); para onde somos chamados se vivermos o amor a Deus e ao próximo (Mt 5,19); pois não somos cidadãos da terra, mas dos Céus (Fl 3,20).
Essa é a justiça que cantamos no Salmo. Não a justiça da terra. Essa é a nossa obrigação viver. Tal vivência é o caminho para a Jerusalém Celestial. Não se faz caridade por pena, mas por ser justo aos olhos de Deus e o caminho para o Seu Reino. Ser justo é viver o amor de Cristo.
No Evangelho de hoje, o Senhor inspira São José a ser justo com a Santa Virgem Maria. De acordo com as leis do mundo, ele podia tê-la denunciado por estar grávida antes do casamento e isso acabaria com ela. O sinal da sua justiça era exatamente ir embora em segredo, o que provavelmente faria com que ele parecesse um vagabundo que abandonou a mulher que engravidara antes do casamento.
Esse justo voltou e tomaria as rédeas da Sagrada Família, mesmo sob o perigo de ser exposto às leis do mundo. Tudo isso porque São José e a Virgem Maria obedeciam fielmente a única lei perfeitamente justa, a Lei de Deus. Nessa família veio ao mundo o Senhor, cumprindo a tão importante "profecia de Emanuel" de Isaías (Is 7,14), sobre a gravidez virginal e o nascimento do Rei dos Reis, Deus conosco.
Nos preparemos para ter Deus conosco sob o exemplo da Sagrada Família.
Em Cristo, entregue à proteção da Virgem Maria,
um Papista