Do jornalista Diógenes Dantas
Mais do que a construção de um nome, a eleição estadual de 2014 será marcada pela desconstrução dos eventuais candidatos.
O pleito deste ano será interessante. E dará muito trabalho aos marqueteiros. Quem desconstruir melhor, pode levar a parada.
Além de ter de cuidar da "arca de noé", pré-candidatos como Henrique Eduardo Alves e Wilma de Faria vão passar a campanha com medo dos "fantasmas" que os acompanham ao longo da vida pública.
Eu estou curioso para saber se Robinson Faria, pré-candidato do PSD ao governo, vai ter coragem de "desconstruir" as imagens de Henrique e de Wilma no calor da campanha.
Se quiser ter alguma chance no pleito, Robinson terá de forçar a barra para se mostrar diferente no modo de agir e, em caso de eleição, de governar.
Eu também estou curioso para saber qual será o discurso de Fátima Bezerra contra Dona Wilma. Afinal, Fátima é aliada de Wilma desde 2002. Fizeram muitas campanhas juntas.
É verdade que Fátima perdeu muitas campanhas para Wilma, mas a petista virou aliada da Guerreira na última década. A desconstrução de Wilma não será fácil para Fátima Bezerra.
Já Fátima corre o risco de responder pelo mal feito dos mensaleiros presos e por suspeitas de desvios e má gerência na Petrobras. Neste dois casos, o PT fica na berlinda e Fátima entra numa saia justa.
Eu não tenho a menor dúvida que a desconstrução de Fátima Bezerra passará pelo mensalão e pela Petrobras, afinal, ela faz questão de se apresentar como principal canal do governo federal no Estado do Rio Grande do Norte.
Quem viu as pesquisas para consumo interno dos partidos já sabe: ninguém abriu folga para o governo ou para o Senado. O páreo promete ser duro.
Será que é por conta disso que ninguém divulga pesquisa eleitoral nesse estado?
Está todo mundo escondendo o jogo.